Nha Chica é Francisca de Paula de Jesus, que nasceu em meados de 1810 e foi a primeira negra, analfabeta e filha de escrava a ser beatificada pela Igreja Católica, em 2013.
Fiéis celebraram nesta terça-feira (14) em Baependi (MG) os 127 anos de morte de Nhá Chica. Durante todo o dia, acontecem na cidade missas em homenagem à beata.
Nhá Chica nasceu em São João Del Rei (MG) mas viveu a maior parte da sua vida em Baependi (MG), onde morreu no dia 14 de junho de 1895.
O processo de beatificação começou em 1993, mas em 1995 que a professora Ana Lúcia Meirelles Leite, de 65 anos, descobriu que tinha um problema congênito no coração quando foi submetida a exames médicos, logo após uma isquemia, em julho de 1995. Na véspera da cirurgia, a professora foi acometida de uma febre muito alta, que a impediu de realizar a operação, que foi marcada para uma nova data.
Ao fazer a cirurgia, o médico constatou que a abertura no coração havia se fechado. Médicos de Baependi, Pouso Alegre, Belo Horizonte e São Paulo deram testemunho de que a medicina não explicava o acontecido e que não havia possibilidade de cura sem a cirurgia.
Em 1998, o provável milagre foi enviado ao Vaticano. Em janeiro de 2011, o Papa Bento XVI aprovou as virtudes da religiosa e a designou o título de Venerável a Nhá Chica. Em outubro do mesmo ano, a comissão médica da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano aprovou o milagre atribuído a Nhá Chica, concordando que a cura não tem explicação científica. A comissão de cardeais do Vaticano atestou o milagre em junho de 2012 e no mesmo mês, o Papa Bento XVI assinou o decreto de beatificação de Nhá Chica.
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